Estimativa do Arsenal Nuclear mundial (em n° total de ogivas)
China - 410
França - 464
Índia - 60+?
Israel - 200+?
Paquistão 15-25?
Rússia - ~10,000
Reino Unido - 185
Estados Unidos da América - ~10,500
(fonte Center for Defense Information)
China - 410
França - 464
Índia - 60+?
Israel - 200+?
Paquistão 15-25?
Rússia - ~10,000
Reino Unido - 185
Estados Unidos da América - ~10,500
(fonte Center for Defense Information)
Independentemente dos números, a quantidade de ogivas nucleares está hoje no centro do debate internacional, mais concretamente, a política nuclear global. Verificam-se sucessivos apelos à desnuclearização e a tendência no antigo ocidente parece ser de reduzir. Actualmente, com a alteração do paradigma internacional verificada com a queda do bloco soviético e a substituição das ameaças estatais trazidas pelos actores não-estatais põem em causa a política nuclear. Embora seja importante não esquecer a ameaça convencional, estamos convictos que ela é cada vez menor, de igual modo, o papel dissuasor inerente à posse de uma ogiva nuclear é cada vez é menor. Em contrapartida os seus perigos são cada vez maiores.
São muitos os que se dizem convictos que a Sociedade Internacional nunca esteve tão mal e que possivelmente estamos à beira de uma 3° Grande Guerra já que: se perdeu a estabilidade garantida pela divisão da guerra fria; não existe actualmente nenhum directório internacional, apesar das diversas tentativas (G3, G8, G20....); o crescimento dos países em vias desenvolvimento significará uma maior necessidade de afirmação dos mesmos, podendo sê-lo feito pela força das armas; o mundo tem-se organizado em grandes blocos, não muito diferentes daqueles previstos por Haushoffer; a cooperação no seio da ONU parece mais formal do que nunca; as tendências separatistas são muitas;... etc. Seja esse o caso, uma guerra nuclear é mais do que provável.
Não sabemos se a situação será assim tão dramática. Se não existirá antes um equilíbrio que em constante adaptação. Todavia o cenário de uma Grande Guerra, parece-nos algo improvável, pois, embora seja verdade que vivemos hoje numa sociedade internacional sem precedentes, sem líder/es universalmente aceite/s, também é verdade que as dependências económicas, e outras, nunca trespassaram tanto as fronteiras, sejam elas formais, físicas ou regionais.
Naturalmente, temos tendência ver como necessária uma estrutura internacional organizada, com um directório porque pressupomos que isso representa necessariamente um maior grau de responsabilidade, e daí, estabilidade. Não obstante, não poderá ser que estejamos a entrar num período em que as várias dimensões da vida internacional, os vários actores e fora conduzam a uma inesperada estabilidade entre toda a surdina?
Apesar deste nosso optimismo não pensamos que ele possa sobreviver sem que a questão nuclear seja devidamente tratada. Se se mantiver o status quo cremos que tendência será para os países em vias de desenvolvimento, rendidos ao dilema da segurança, adquirirem eles tais armas. Aumentando as ameaças convencionais e pondo em causa a delicada estabilidade que hoje se vive. Acrescendo, a possibilidade, provável, dos actores erráticos explorarem esse hipotético clima de tensão e as fragilidades aí inerentes. Traduzindo-se a posse de uma ogiva num incentivo destruidor mais do que um factor dissuasor.
Por outro lado, o elevado número de armas nucleares torna também elevado o perigo de serem desviadas e utilizadas por marginais. Imaginamos que o transporte deste material seja um pesadelo para os seus guardas. No entanto, há tempos cremos ter ouvido a Embaixadora do Paquistão em Portugal afirmar numa conferência que por razões de segurança, as armas nucleares daquele país além de se encontrarem sempre em locais secretos, são trasladadas com alguma regularidade. O mesmo problema se põe com os imensos depósitos russos ou americanos onde o risco de furto de uma destas armas é real e sendo que nos perguntamos se seria sentida a falta de uma em 10000 armas.
A estes problemas juntamos outros dois. Primeiro, com um número de armas nucleares prontas a disparar o que acontece se por um qualquer motivo alguém conseguir disparar uma sem consentimento do respectivo governo? Segundo, o que é que vamos fazer com tanto lixo nuclear? E o que faremos se mais países criarem imensos arsenais nucleares, com esse lixo radioactivo?
Seja qual for a ideia que se tenha sobre esta questão o seu debate exaustivo seguido de um compromisso mundial, mais do necessário, é imperativo.
São muitos os que se dizem convictos que a Sociedade Internacional nunca esteve tão mal e que possivelmente estamos à beira de uma 3° Grande Guerra já que: se perdeu a estabilidade garantida pela divisão da guerra fria; não existe actualmente nenhum directório internacional, apesar das diversas tentativas (G3, G8, G20....); o crescimento dos países em vias desenvolvimento significará uma maior necessidade de afirmação dos mesmos, podendo sê-lo feito pela força das armas; o mundo tem-se organizado em grandes blocos, não muito diferentes daqueles previstos por Haushoffer; a cooperação no seio da ONU parece mais formal do que nunca; as tendências separatistas são muitas;... etc. Seja esse o caso, uma guerra nuclear é mais do que provável.
Não sabemos se a situação será assim tão dramática. Se não existirá antes um equilíbrio que em constante adaptação. Todavia o cenário de uma Grande Guerra, parece-nos algo improvável, pois, embora seja verdade que vivemos hoje numa sociedade internacional sem precedentes, sem líder/es universalmente aceite/s, também é verdade que as dependências económicas, e outras, nunca trespassaram tanto as fronteiras, sejam elas formais, físicas ou regionais.
Naturalmente, temos tendência ver como necessária uma estrutura internacional organizada, com um directório porque pressupomos que isso representa necessariamente um maior grau de responsabilidade, e daí, estabilidade. Não obstante, não poderá ser que estejamos a entrar num período em que as várias dimensões da vida internacional, os vários actores e fora conduzam a uma inesperada estabilidade entre toda a surdina?
Apesar deste nosso optimismo não pensamos que ele possa sobreviver sem que a questão nuclear seja devidamente tratada. Se se mantiver o status quo cremos que tendência será para os países em vias de desenvolvimento, rendidos ao dilema da segurança, adquirirem eles tais armas. Aumentando as ameaças convencionais e pondo em causa a delicada estabilidade que hoje se vive. Acrescendo, a possibilidade, provável, dos actores erráticos explorarem esse hipotético clima de tensão e as fragilidades aí inerentes. Traduzindo-se a posse de uma ogiva num incentivo destruidor mais do que um factor dissuasor.
Por outro lado, o elevado número de armas nucleares torna também elevado o perigo de serem desviadas e utilizadas por marginais. Imaginamos que o transporte deste material seja um pesadelo para os seus guardas. No entanto, há tempos cremos ter ouvido a Embaixadora do Paquistão em Portugal afirmar numa conferência que por razões de segurança, as armas nucleares daquele país além de se encontrarem sempre em locais secretos, são trasladadas com alguma regularidade. O mesmo problema se põe com os imensos depósitos russos ou americanos onde o risco de furto de uma destas armas é real e sendo que nos perguntamos se seria sentida a falta de uma em 10000 armas.
A estes problemas juntamos outros dois. Primeiro, com um número de armas nucleares prontas a disparar o que acontece se por um qualquer motivo alguém conseguir disparar uma sem consentimento do respectivo governo? Segundo, o que é que vamos fazer com tanto lixo nuclear? E o que faremos se mais países criarem imensos arsenais nucleares, com esse lixo radioactivo?
Seja qual for a ideia que se tenha sobre esta questão o seu debate exaustivo seguido de um compromisso mundial, mais do necessário, é imperativo.
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