terça-feira, 28 de abril de 2009

NATO e UE que futuro?

(Imagend daqui e daqui)


A NATO, conta hoje com 28 membros, desses 28 membros, 23 são Estados-membros da UE. Pelo que se levanta a questão: poderão a NATO e a UE coexistir no futuro?
Apenas se tiverem objectivos e razões de ser concorrentes. O que não é obrigatoriamente o caso, ora, sendo a UE cada vez mais uma união além de económica, política, logo, brevemente, militar também. O mais sensato seria que agisse na cena internacional de forma muito semelhante à de um Estado.
Estou ciente que neste momento coexistem perfeitamente. E que apesar de comunicarem pouco. A UE e a NATO não têm tido grandes conflitos de interesse tendo mesmo cooperado bem no passado, em zonas como os Balcãs, por exemplo. Também sei que a política internacional se rege pela medida do possível e não do desejável, a construção europeia sendo exemplo paradigmático disso mesmo.
Todavia, creio ser agora - momento em que se começa a pensar e a preparar o novo conceito estratégico da NATO - o momento indicado para se irem formulando estas hipóteses meramente académicas.
Continuando a hipótese académica, a meu ver e creio ser a tendência racional, faria muito mais sentido que em vez de serem os Estados individuais a integrarem a NATO, se passasse a pasta para a UE. Assim, a UE, passaria a ser dotada de uma força de defesa comunitária, estruturada e com uma cadeia de comando própria. Satisfazendo as necessidades europeias e por sua vez resolver em parte as reclamações financeiras da Organização, assegurando a eliminação do risco de colidir ou de trabalhar paralelamente à NATO.
Apesar de tudo, estamos ainda longe de reunir uma tal vontade política pois ela resultaria numa maior perda de soberania e de visibilidade que os Estados-membros tanto apreciam.

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