Com o fim da Guerra Fria, o desmembramento da União Soviética e a desintegração do Pacto de Varsóvia, os países membros da NATO estabeleceram como uma das prioridades o desenvolvimento das relações com a Rússia, através de um diálogo contínuo e da cooperação em interesses comuns.
As relações formais tiveram início em Maio de 1997, com a assinatura em Paris do Acto Fundador das Relações, da Cooperação e da Segurança, em que ambas as partes não se consideram como adversárias, expressando o objectivo de construir uma paz comum. A partir daqui, foi atingido um progresso considerável em termos de criação de confiança mútua, que se traduziu num extenso programa de cooperação e consulta.
No entanto, a parceria viria a ser abalada em 1999, aquando das divergentes posições acerca da questão do Kosovo, tendo a Rússia suspendido a sua participação no Conselho Permanente, facto que viria a ser prontamente ultrapassado com o retomar de relações em 2000, por força da eleição de Vladimir Putin, que expressou de forma clara a intenção de recuperar os esforços até então alcançados.
Em 2002 foi criado o Conselho NATO-Rússia, através de uma declaração baseada no Acto Fundador, vindo tal facto contribuir para o reforço do clima de confiança, uma vez que intensificou a periodicidade das reuniões, demonstrando vontade política de ambas as partes, o que possibilitou uma série de iniciativas conjuntas que caracterizam uma cooperação mais concreta e conclusiva. Este Conselho tem sido assim o mecanismo mais produtivo, constituindo o principal pilar desta relação. As respectivas reuniões são presididas pelo Secretário Geral da NATO, sendo que pelo menos uma vez por mês ocorre ao nível de embaixadores e de representantes militares e, duas vezes por ano a nível ministerial. Sendo o consenso o objectivo principal nas matérias classificadas como interesse comum, tanto a NATO como a Rússia se reservam no direito de agir de forma unilateral.
Apesar da sua evolução positiva e das perspectivas de futuro e desenvolvimento, esta aproximação não deixa de ter os seus altos e baixos. Na passada quinta-feira, um dia após a reunião do Conselho NATO-Rússia, foi notícia a expulsão de dois membros da missão diplomática russa na sede da Aliança Atlântica em Bruxelas, sob suspeita de actos de espionagem, alegadamente relacionados com o caso de um diplomata estónio que se encontra de momento a cumprir pena de prisão. Moscovo reagiu de imediato, negando qualquer envolvimento dos seus diplomatas em tais actos, deixando a promessa de uma resposta dura e determinada, pois considera a atitude da Aliança como provocatória.
No entanto, esta não é a única questão em cima da mesa. A NATO veio publicamente condenar os acordos assinados entre a Rússia e os líderes separatistas das regiões da Ossétia do Sul e da Abkházia, que ditam a tutela moscovita sob as fronteiras destes territórios. O acto foi classificado como uma violação do cessar-fogo acordado em Agosto passado entre a Rússia e a União Europeia aquando da crise na Geórgia. É precisamente na Geórgia que no próximo dia 6 de Maio irão realizar-se exercícios militares da Aliança Atlântica, facto este que, como esperado, mereceu a condenação dos responsáveis russos.
No entanto, a parceria viria a ser abalada em 1999, aquando das divergentes posições acerca da questão do Kosovo, tendo a Rússia suspendido a sua participação no Conselho Permanente, facto que viria a ser prontamente ultrapassado com o retomar de relações em 2000, por força da eleição de Vladimir Putin, que expressou de forma clara a intenção de recuperar os esforços até então alcançados.
Em 2002 foi criado o Conselho NATO-Rússia, através de uma declaração baseada no Acto Fundador, vindo tal facto contribuir para o reforço do clima de confiança, uma vez que intensificou a periodicidade das reuniões, demonstrando vontade política de ambas as partes, o que possibilitou uma série de iniciativas conjuntas que caracterizam uma cooperação mais concreta e conclusiva. Este Conselho tem sido assim o mecanismo mais produtivo, constituindo o principal pilar desta relação. As respectivas reuniões são presididas pelo Secretário Geral da NATO, sendo que pelo menos uma vez por mês ocorre ao nível de embaixadores e de representantes militares e, duas vezes por ano a nível ministerial. Sendo o consenso o objectivo principal nas matérias classificadas como interesse comum, tanto a NATO como a Rússia se reservam no direito de agir de forma unilateral.
Apesar da sua evolução positiva e das perspectivas de futuro e desenvolvimento, esta aproximação não deixa de ter os seus altos e baixos. Na passada quinta-feira, um dia após a reunião do Conselho NATO-Rússia, foi notícia a expulsão de dois membros da missão diplomática russa na sede da Aliança Atlântica em Bruxelas, sob suspeita de actos de espionagem, alegadamente relacionados com o caso de um diplomata estónio que se encontra de momento a cumprir pena de prisão. Moscovo reagiu de imediato, negando qualquer envolvimento dos seus diplomatas em tais actos, deixando a promessa de uma resposta dura e determinada, pois considera a atitude da Aliança como provocatória.
No entanto, esta não é a única questão em cima da mesa. A NATO veio publicamente condenar os acordos assinados entre a Rússia e os líderes separatistas das regiões da Ossétia do Sul e da Abkházia, que ditam a tutela moscovita sob as fronteiras destes territórios. O acto foi classificado como uma violação do cessar-fogo acordado em Agosto passado entre a Rússia e a União Europeia aquando da crise na Geórgia. É precisamente na Geórgia que no próximo dia 6 de Maio irão realizar-se exercícios militares da Aliança Atlântica, facto este que, como esperado, mereceu a condenação dos responsáveis russos.
Sem comentários:
Enviar um comentário